quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ana

Ana veio de onde o sol brilha mais forte
Veio trazer a sua magia
Para nos encantar

Ana trouxe consigo marcas de batalha
Tinha nome de guerreira 
Deixou sua marca em toda a parte

Ana, dispersa na vida
Sem saber o que fazer
Pensou em se acabar
Caminhou, se aninhou
Aguentou até o fim

Andou só
Peregrinando, passeando
Vacilando pela falta do que fazer
Se calando pela falta do que dizer

Até que se foi
Quando esgotaram-se suas forças
Foi-se antes do tempo certo
Existiu para deixar saudades

Ana, nome intenso, múltiplo
Evoca multidões
Atrai lembranças
Nome que se confunde e se funde
Conjura imagens das mais diversas

Nome de quem muda o mundo
De quem transforma o próximo
Com esse nome, conheci várias
Cada uma se fixando à sua maneira,
Deixando sua assinatura

Existiu uma outra Ana, essa quase inatingível
Seu brilho beirava o indescritível
Seu olhar era um calmante
Olhar de lucidez
Olhar que não se esquece

Seu charme se misturava com sua impavidez
E te atraía, com uma força magnética
Contra a sua vontade, ela te tragava
Pra perto do seu emaranhado de incertezas
Te atormentava, fazia sumir a tua razão
Sem perceber, estavas envolto em uma nuvem de encantos

Ela mudava tua vida
Alterava a tua realidade
Povoava teus sonhos
Ocupava tua mente
Permeava tuas lembranças

Ana era tua ruína e ao mesmo tempo a tua salvação
Se manifestava através de sonhos e de ilusão
Corroía tuas veias, destruía teu equilíbrio
Fazía com que tudo virasse ela e não proporcionava alívio

Se disfarçava em mil fantasias
Te fazia esquecê-la e depois lembrá-la
Continuamente, num ciclo interminável
Uma espécie de eterno retorno Nietzscheano

Ana, nome de múltiplas facetas
Surge em momentos inesperados
E vai assim, permeando tua vida
Reaparecendo de quando em quando
De surpresa em vários cantos

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