terça-feira, 9 de junho de 2015

O triste fim de Rebeca e José Arcádio

Rebeca, a solidão te encontrou
Presa em tua casa, teu coração se dilacerou
Perdeste a alma faz tempo
O que resta é uma casca vazia
Um invólucro oco, sem vida e sem alento

José Arcadio, a vida não o perdoou
Morto sem razão, por todos os pecados pagou
Sem mais nem menos, tua vida se dissipou
Ao partir, cheiro de pólvora surgiu
E jamais se esvaiu

Ah, triste destino do casal
Após grandes percalços enfrentados
Amaranta, Pietro Crespi
A reprovação de Úrsula
Por fim, a soledade triunfou

Rebeca, exilada em seu lar
Imersa em si própria
Pelo isolamento optou
Com seus olhos fosforescentes, como um gato
E de lá jamais retornou