sexta-feira, 17 de julho de 2015

Recado aos intolerantes

A minha luta não é banal
Luto por um mundo
Onde você e eu
Tenhamos valor igual

Você quer me mudar
Não aceita o diferente
Vive bradando aos quatro cantos
"Não, não sou obrigado a concordar com essa gente"

Diz que não tem preconceitos
Que aceita esses vagabundos
Desde que fiquem na encolha
Não se mostrem para o mundo

Irmão, pois eu lhe digo
Aquele que morreu na cruz
Aquele que você finge seguir, amigo
Defendia os oprimidos

Você se mostra forte
Tem pose de durão
Se acha o defensor
Da família e da nação

Tudo isso para esconder
Essa pobreza de espírito
Esse vazio intelectual
Essa mediocridade total

Você é tão honesto
Tão perfeito e tão certinho
Rei da moral e bons costumes
Invejo sua integridade

Sua perfeição é tanta
Que você quer limpar o mundo
Dos imorais e sem vergonhas
Dos que corrompem a sociedade

Essas bichas, esses pretos
Comunistas e maconheiros
Prostitutas, trans, lésbicas
Todos os desviados, dignos de pena

Talvez isso faça sentido
Aí dentro da tua mente
Pois a mesma é tão pequena
Que é quase inexistente

E nessa gana de odiar, não percebes
Que a história vai mostrar
Quem é errado e quem é certo
Veremos quem vai triunfar

Pois eu lhe digo:
Um dia você vai ver
Tudo isso vai mudar

O mundo vai caminhar
E quando olhar para trás
Você vai ser envergonhar

E minha única certeza, nesse momento:
Você é ódio, eu sou amor
Você é preconceito, eu sou aceitação
Você é ignorância, eu sou conhecimento

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