sábado, 7 de novembro de 2015

Cigarro

Eu odeio o cigarro
Esse condutor de ilusões
Que ostenta maravilhas
Num ciclo vicioso e eterno
Me leva ao céu e ao inferno

Primeiro traz a calmaria
Depois conduz ao turbilhão
Conhece todas as tuas fraquezas
Com ele não há salvação
Impossível ignorá-lo
Ele clama por atenção

A nuvem de fumaça me consome
Quero me ocultar nessa névoa
Que mescla um punhado de tabaco, um punhado de solidão
Esse gosto mentolado refresca meu coração

O tabaco magnetiza
A fumaça hipnotiza
O odor narcotiza
E mesmo não trazendo brisa
Eu viajo a cada trago

Talvez encurte minha vida
Mas nele encontro alento
Já que, nas palavras de Emicida
Cada cigarro leva um ano de sofrimento

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